Sarah Alves

 Mais ou menos, umas 10:30 da noite, uma correspondência chega no correio. Eu tive que busca como sempre. Minha mãe e pai nem em casa tava. Eu estava sozinho, jogando video game. '' Correspondência para Felipe Luiz. '' A carta era pra mim. Engraçado, tava sem nome. Pela letra reconheci.

'' Em uma noite qualquer, eu decidi te escrever. Mas nada de mais não, só pra falar dos meus sentimentos. Eu gosto do seu cheiro, do teu abraço, de seus segredos, dos seus olhos, da maneira que joga o seu cabelo pro lado, do seus sonhos, da sua boca ... É engraçado dizer isso, tem tanto tempo que não nós vemos mas não sentir nada é incontrolável. Mesmo nossos lábios nunca chegaram perto, a maneira dos beijos na bochecha me deixava rosa. Era uma coisa de outro mundo, como se você me levasse as alturas. Eu gosto de ficar com você, de conversar. Sinto falta de tudo, de quando me olhava e dava aquele sorriso. Meio apaixonado essa carta ? Eu só quero dizer que sinto muito ter te deixado, não que a culpa fosse minha, mas tive que me mudar. Não foi nada legal deixar você. Era o único que ria das minhas palhaçadas, hoje você deve está ai, feliz por ter suas amizades. Só queria te dizer que mesmo tendo amigas e amigos aqui, você foi o cara que me ensinou a ser eu própria. Obrigada por fazer eu sorrir todos os dias, mas a distancia doí. Por mais que tente superar, não consigo. Ah uma coisa que devo te contar. Um segredo que levo a anos. Preparado ? Eu odiava todas as suas amigas e as outras '' amigas ''. Odiava tudo isso. Você vivia falando '' Isso é ciúmes de melhores amigos. '' Não, não era. É algo muito a mais disso. É como se você fosse minha alma gemia e eu ficava te esperando, pra qualquer empurrão você percebesse que eu te amava. Eu nunca parei de amar você e nem vou parar. Só queria te falar isso. Espero que sinta o mesmo. ''