segunda-feira, 9 de junho de 2014

'' Eu não era muito de conversa com ninguém, até hoje sou assim. Sempre fui sozinha a minha infância toda e agora estou no meio de pessoas que não conheço. Tão iguais, coitadas. Algumas meninas me olha como se eu fosse um E.T ou algo desse tipo. Cara, só não sou igual, qual o problema disso? Quero só uma amizade verdadeira e leal, onde todos são diferentes e se dão bem, sabe? Qual o problema de vocês? Todos somos humanos, nascemos tudo igualmente, ninguém e melhor que ninguém aqui. Mais pelo visto, você não percebe não é? Agora que finalmente encontro alguém que é pelo menos parecido um pouco comigo, que gosta das mesmas bandas que eu, que sempre me ouve quando preciso, você vem e destrói? Você tem vários amigos pela escola, e popular, anda só na moda e tem tudo o que quer. Eu não, só tenho ele. Só ele ''

 Ela com uma cara que me dava arrepios deu meia volta e formou um grupo. Com os populares, claro.

'' Bom, eu entendo o que você está sentindo, ele e muito pra você queridinha. Esse amor platônico dentro de você e idiota, não existe. Ele nunca foi seu amigo de verdade. Ele sempre foi meu, eu não tinha a menor intenção de tirar algo de você, aliás, como e seu nome mesmo? ''

 Ela me dava vontade de sumir, como sempre. Dei meia volta e fui embora. Preferi ficar sozinha, aliás, ela tinha razão. Ele não deveria ser meu amigo de verdade. Como sempre, tenho medo de ter amizades, andar sozinha ta melhor.
                    ...
 Em uma sexta chuvosa, avistei ele perto do meu armário. Sentado no chão, chorando. Não sabia o porque, ele tava tão bem com aquela antipática. Todo dia era aquela melação que ele ficava com ela. E tipo, nem olhava para mim. Tudo bem, e só o livro no meu armário e ir direto para a sala. Só isso. Pronto, consegui. Ops ...

'' Nem vai me pergunta o porque do choro? ''

'' Não to afim de saber, cade sua namorada? Pergunta ela! ''

 Então ele se levanta em minha direção tirando as lágrimas do seu olhos.

'' Calma ai, eu não queria que terminasse assim, nunca quis. ''

'' Nem eu, mais o final e assim. ''

'' Não, nem sempre. Nós escolhemos o que acontece. ''

'' E foi isso que você escolheu. ''

'' Não, foi isso o que ela escolheu. ''

'' E você deixou que isso continuasse assim, não foi? ''

'' Sim, eu deixei. Mais as pessoas erram. ''

'' E você errou e continuou no erro. Parabéns, conseguiu me fazer sentir um nada. Eu que deveria ta chorando no seu lugar, eu que deveria seu idiota ''

 Ele veio pra me abraçar, e como senti falta daquilo. Do abraço dele, do cheiro dele. Mais, não era como antes. Eu senti algo gelado e muito forte dentro de mim, como um oceano bem gelado fosse meu sangue. Isso que senti naquele momento, algo que não queria nunca mais parar de sentir, algo bom.

'' Ei, o que você está tentando fazer com essa menina ai? ''

 Já imaginava quem era. Ela mesmo. Como ele aturava ela? A voz dela era como um vidro quebrando, eu não iria passar por isso de novo.

'' Nada, ele só estava tentando fazer eu de trouxa. Novamente! ''

 Vi que ele me olhou um pouco arrependido, e foi em direção da antipática. Ouvi tudo o que eles falaram, palavra por palavra.

'' Você não tem o direito de tratar ela assim, ouviu? ''

'' Como assim meu amor? ''

'' Não, chega. Não aturo mais ser quem eu não sou. Confesso que sempre fui caidinho por você, mais agora, não sou mais. Chega, agora aprendi o que e amar de verdade, aprendi a erra e querer de todo os jeitos concertar, porque e isso que fazemos. Erramos e depois achamos que com uma simples palavras tudo volta a ser como era antes, como nos filmes, mais não e assim. Eu consegui ver o que e saudades. E uma saudades que tava me matando dia a dia. E algo que eu tinha que ter de volta, mais você atrapalha tudo. ''

 Pelo o que eu percebi, ela tava quase chorando. Para né? Ela vai começar o seu show em 3 .. 2 ... 1 ...

'' Como assim? Você ama ela e não a mim? Como assim? Você me iludiu? Eu te amo, não me deixe, pelo amor de Deus, eu vou morrer sem você. Eu preciso de você! ''

 Ele com seu coração mole, pegou no ombro dela e beijou sua testa, mais logo em seguida ele entrega o colar que ele havia ganhado no seu aniversário dela.

'' Acho que terminamos por aqui! ''

'' Não, por favor! ''

'' Sim, você não me ama. Fala a verdade, você quer destruir ela por nenhum motivo. Eu amo a ela e não você. Desculpa, mais a realidade e essa.''

 Ela deu meia volta e saiu correndo. Não sabia o que fazer, então fui andando pra minha sala.

'' Espera, vai falar nada? ''

'' O que quer que eu diga? Que eu te amo também? Isso não irá mudar nada entre nós. ''

'' Não ira mudar, porque você não quer. Cara, eu te amo. E eu não sabia como demonstra isso, eu não sou de demonstra. Você me entende, me ouve, você e o que eu quero. Por favor, volte pra mim. ''

'' Nunca tivemos juntos. Só na amizade, só na verdadeira amizade. Eu acho. ''

'' Não torne as coisas mais complicada do que já está, por favor. ''

'' Porque eu? ''

 Ele parou para me observar um pouco, passando a mão entre meu rosto.

'' Tão linda, mais tão insegura. Tão fofa, mais tão dura. Como que vou te responder isso? Eu sempre amei você, não tenho mais nada para falar o quanto eu amo você. Tudo o que eu tenho, nenhum domingo vai ser melhor como aquele da guerrinha de sorvete lembra? Como eu amei aquilo. E o seu amor platônico com as calopsitas? Meu Deus, você a tão doce como um limão. Os melhores conselhos veio de você, os meus rascunhos na última folha, tudo por você. Você e o meu tudo, por favor, não vai embora. Fique, sou péssimo com despedidas. ''

 '' Eu não vou a nenhum lugar se você não estiver ao meu lado! ''


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